Não demora mais muito para a primavera chegar e, com isso, a época das abelhas sem-ferrão enxamear. E é neste momento que quem deseja obter novas colmeias na natureza deve espalhar suas iscas nos locais onde espera capturar algum enxame. Aqueles que já estão há tempo no ramo, têm a prática e as "manhas", mas para aqueles que estão começando na meliponicultura, vamos explicar como se prepara estes ninhos-isca. Na reunião do mês passado, já tivemos uma aula demonstrativa com alguns membros mais experientes da nossa associação. Quem não pôde estar, ou quem simplesmente quer rever o modo de fazer, confira a seguir.

O primeiro passo é o preparo do extrato atrativo. Este extrato é feito com geoprópolis de qualquer espécie de abelha sem ferrão. O geoprópolis contém feromônios, que são substâncias químicas produzidas pelas abelhas. Estes feromônios irão atrair as abelhas. Mistura-se o geoprópolis com álcool (acima de 90%, pode ser combustível ou álcool de cereais, por exemplo) em partes iguais. Durante algumas semanas, esta mistura precisa ser agitada regularmente, para que o álcool dissolva a geoprópolis. Depois desse tempo, o extrato está pronto para uso.
Antes de continuar, pense na abelha que deseja capturar. Cada espécie tem as suas preferências, principalmente no que diz respeito ao tamanho e localização do ninho. A espécie mais comum de ser capturada na região de Joinville é a Jataí, que se adapta bem em garrafas de 2 litros. Mirins podem ocupar iscas um pouco menores, já as mandaçaias precisam normalmente de mais espaço.
A garrafa deve estar limpa, sem restos de refrigerante.

Faz-se então alguns furos nas extremidades, para garantir a ventilação e evaporação da umidade.
Para facilitar a entrada das abelhas, coloca-se um pedaço de mangueira, cano, ou joelho de cano de PVC na boca da garrafa. O joelho interno de mangueira é ótimo para jataís e várias outras abelhas.




E por fim, é só passar de vez em quando para controlar se houve alguma captura ou não. É importante não tirar a isca logo depois que as abelhas entrarem, pois diferente da abelha-do-mel, a rainha chega bem depois das primeiras operárias. Quando o ninho estiver bem estabelecido, precisa ser transferido para uma caixa racional, onde ficará, se tiver os cuidados certos, viva por muitos anos.
Boa sorte!
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Muito bom o texto, simples e direto.
ResponderExcluirParabéns pelo trabalho que a Associação vem desenvolvendo na recuperação/preservação de enxames de abelhas sem ferrão!
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