O que fazer com forídeos?

Forídeos são pequenas moscas da família Phoridae, que se alimentam de matéria orgânica em decomposição, como frutas podres, por exemplo. São moscas muito ágeis, que podem ser reconhecidas por suas asas típicas e por correr rapidamente em vez de logo levantar voo como a maioria das outras moscas.

As larvas das espécies mais comuns nos meliponários se alimentam do pólen armazenado pelas abelhas, assim como das crias danificadas. Por isso, uma infestação de forídeos numa caixa de abelha enfraquece a colônia e pode até mata-la, se a infestação for muito grande. O pior de uma caixa infestada é que as moscas podem se espalhar pelo meliponário, causando prejuízos à criação. Porém, encontrar alguns poucos forídeos nas caixas de abelhas-sem-ferrão é normal, não sendo motivo de muita preocupação.

O método mais comum de se controlar uma infestação desses parasitas é com armadilhas de vinagre. Para isso, utilizam-se pequenos frascos plásticos com tampa. Fura-se a tampa, com cuidado para que os furos não fiquem muito grandes. O objetivo é deixar as moscas passar, mas as abelhas não. Dentro do frasco, coloca-se um pouco de vinagre. Os vinagres mais indicados são o de maçã e de vinho tinto. Outros vinagres também funcionam. Uma alternativa bastante eficaz é misturar um pouco do pólen coletado pelas abelhas no vinagre. O cheiro do vinagre é similar ao cheiro do pólen, mas o pólen ainda ajuda a atrair melhor os forídeos. 

Armadilha de vinagre com alguns
forídeos capturados.
Foto: Enderlei Dec

A armadilha pronta deve ser colocada no meliponário, abrigada de sol e chuva. Se não houver grandes infestações, é suficiente colocar as armadilhas a cerca de 2-3m afastado das caixas. Ao observar os forídeos rodeando uma caixa em especial, as armadilhas podem ser instaladas próximas a esta caixa. Apenas em casos extremos de infestações muito fortes, utiliza-se a armadilha no interior da caixa de abelha.

Existem diversas variações de como e onde montar as armadilhas. Ao pesquisar a respeito do assunto, encontram-se diversos métodos, diversos modelos e diversas opiniões de meliponicultores. É importante lembrar que abelhas e forídeos são animais, agindo de acordo com seus instintos e não conforme um manual de instruções, portanto, é possível acertar de várias maneiras. Cada meliponicultor pode se adaptar melhor com um método.

Neste link se encontra um material muito interessante da Embrapa, sobre a atratividade das armadilhas de forídeos com vinagre e pólen. Clique, vale a pena ler.

Se você tiver alguma experiência com forídeos, alguma sugestão ou algo a acrescentar, ficamos contentes com seu comentário!