Abelhas sem ferrão de Santa Catarina

Na edição 2/2015 da revista Acta Biológica Catarinense saiu uma matéria muito interessante para todos os meliponicultores de Santa Catarina que desejam exercer sua atividade de maneira responsável com o meio ambiente. 
O artigo "As Abelhas sem Ferrão do Estado de Santa Catarina, sul do Brasil", de autoria da Dra. Denise M.D.S. Mouga e do Me. Enderlei Dec, cita as espécies de abelhas sem ferrão encontradas na literatura científica para o estado de Santa Catarina, mencionando a formação vegetal e os municípios onde cada espécie foi registrada.
O estudo está em inglês, mas para aqueles que não dominam este idioma, o consolo é que foram utilizados apenas os nomes científicos, que são iguais em todas as línguas.
Dos 294 municípios de SC, somente em 20 foram realizados estudos científicos com abelhas até o momento, ou seja, além dos municípios mencionados, a espécie pode ocorrer nas regiões próximas. O que mais determina a ocorrência de uma espécie são os fatores ambientais como o clima, a formação vegetal, altitude, entre outros. Os primeiros registros são do século 19, feitos pelo naturalista Fritz Müller e desde então, alguns trabalhos foram desenvolvidos no Estado.
Este estudo é importante para que meliponicultores possam se adequar à região de seu meliponário. Trazer espécies que nunca existiram no local, pode causar prejuízos para as espécies que já habitam aquela região, principalmente se estas espécies introduzidas se aclimatam e multiplicam nesses novos locais. As espécies nativas de uma pequena região vivem em um equilíbrio delicado entre elas, a flora e outras espécies animais. Mexer neste equilíbrio pode favorecer as espécies "exóticas" nessa pequena região, e ao mesmo tempo ser prejudicial para espécies nativas e endêmicas. O melhor a se fazer quando o intuito é preservar, é fazê-lo in situ, ou seja, no local de origem.
Outra utilidade do estudo é possibilitar a reintrodução de espécies que já não se encontram, ou existem em pouca quantidade, em algum local onde já habitaram pouco tempo atrás.
A matéria está disponível online neste link ou clicando em cima da imagem.

Boa leitura!

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